segunda-feira, 27 de abril de 2009

Castelodecartas


Tento ver a menor expectativa possível nas coisas que me ocorrem. Tenho feito textos cheios de esperanças. Escritos coisas motivadoras para mim mesmo – é só ler os de baixo.
Mas, as adversidades nunca descansam, e não tem sido diferente comigo. Parece que quando tudo está na medida em que esperávamos, uma brisa sorrateira derruba nosso lindo castelo de cartas.
E é tão difícil reconstruí-lo, as cartas parecem ficar mais escorregadias, perdemos parte da coordenação motora de uma maneira tal, que não conseguimos passar nem do alicerce. Daí passo a fingir que meu castelo é bonito com ás de ouro e reis nas partes superiores. Mas não passa de cartas espalhadas à esmo, que a gente não sabe se recomeça com o coringa ou sete de paus. Não sabe de que lado começa, ou qual formato terá o novo castelo, se ele será largo ou alto, desafiador ou simples.A frustração chega e as cartas caem no começo novamente dando ar a um desespero que já vem desde a primeira queda. Nessas horas eu abaixo a cabeça, acendo um cigarro e escrevo um texto, para só depois, puxar a primeira carta. A que dará início a um novo castelo cheio de esperanças...