segunda-feira, 16 de agosto de 2010

rasneP


E eu pensando que viver fosse uma coisa. Descobri que é outra totalmente diferente. Que eu ainda não sei o que é. Por enquanto como complicou Descartes: “Só sei que nada sei” (porra: foi Sócrates; desculpaeh!!!). A certeza que tenho quanto a isso se acentua na medida em que tento entender o que me parece a cada minuto mais inintendível (entendeu?). Pois é, nem eu! O foda dessa merda toda, é que não sei porque ainda perco tempo com isso, sendo que creio num motivo plausível para continuar confundindo passos com cervejadas, ou enrouquecendo minhas sensíveis cordas para agradar meia platéia que não paga couvert. Parei de ler aqueles filósofos que me fizeram um perfeito pseudointeligente e me tornei um verdadeiro burro feliz. E acho que é melhor assim. Mas ainda há uma melancolia remanescente de meus tempos de pensador.Volta e meia me pego com o dedo indicador da mão direita no queixo sinalizando alguma linha de raciocínio inútil, e que, não obstante, me faz chorar. Digo porque parecem lágrimas à tôa, sacou? Não muda porra nenhuma! No dia seguinte me pergunto a mesma coisa e assim prosseguem meus exercícios cerebrais invariavelmente. Mas eu tô parando com isso. É sem querer mesmo. Acho que estou mudando por osmose. Espero que isso seja mesmo uma metamorfose. Daquelas cuja lagarta lerda e rasteijante sai de cena e dá lugar a borboleta que voa sem fronteiras em meio às flores. Ai que fofo!!!