sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Um pouco de saudade


A saudade pode se tornar um dos males da vida. Depende da ênfase que se dá a ela. Quanto maior o espaço que a gente cede, mais ela se estica.
É fácil de ser alimentada: Uma cadeira vazia na mesa, um espaço a mais no sofá, ou uma ausência no MSN, são meios pelos quais ela se multiplica dentro de cada um de nós. Amigos, algum cachorro legal, um alguém especial (é um flerte fatal).
As músicas lhe são também um eficiente adubo, aqueles temas de Bon Jovi, Creed, Paralamas, fazem a árvore aparecer repentinamente com frutos de melancolia que não queremos deixar de colher. Pois, por mais nostálgicos que nos faça sentir, de um certo (e curioso) modo gostamos de estar assim. Significa que ao menos temos algo para sentir falta, temos um histórico! O vazio que se instalou dá-se porque tínhamos algo ou alguém, e se isso ou esse não retornar, temos a insistente esperança de que um outro está por vir, e quando vier lançará por terra os motivos ruins para caminhar à noite ouvindo músicas depressivas. E trará um ar puro ao pulmão.
Só então, finalmente, sentiremos uma nova saudade, mas só por alguns minutos ou horas. Pois dessa vez haverá alguém por perto.