quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Até...


Uma das piores experiências do ser humano é perder um grande amor. Hoje protagonizei um fato desses, perdi um amor com o qual eu acreditava que viajaria pelo Brasil, e talvez até pelo mundo. E o engraçado é que era justamente aquele relacionamento que os outros olham e desconfiam de tal sucesso.
É, estou arrasado, são 16:44 do dia 20 de agosto. Meus olhos estão lacrimejando bem pouquinho, mas o sentimento de angústia ainda toma formas físicas para expressar as manifestações, por mais tímidas que sejam.
Eu fui um pouco arrogante, eu sei. Cobrava demais, eu sei. Mas foi tudo por amor. Só sei dizer que por vezes, na intenção de repreender, ou de elucidar alguma questão, a gente se precipita e fala o que não deveria. Escolhemos palavras fortes demais para outras pessoas suportar, ninguém é de ferro, mas minhas palavras foram como chumbo que é expelido pela explosão que ocorre no interior do cartucho da bala, quando acionado o gatilho.
Eu queria estar aí, sorrindo, fazendo música, sonhando, e com a mesma esperança. Gostaria de pedir desculpas a quem participou das discussões e a quem as ouviu. Pois ouvir também é doloroso, ver dois seres se digladiando, mesmo que com palavras, não é nada agradável. Mas eu sou meio babaca mesmo. Sempre faço isso, vivo em busca de alguém em quem possa confiar e no fim das contas (ou até mesmo no meio ou no começo), eu dou um jeito de afastar ou de me afastar.
Espero que um dia a Sattamini’s me aceite de volta. Não tenho para onde ir, sei que meu lugar é aí, mas os ânimos estão bem exaltados, e as mágoas estão à flor da pele.
Não há mais com quem tocar, não acho em ninguém uma recíproca verdadeira; nem um sinal de confluência; nenhum solo que se encaixe à minha harmonia; nenhum amigo que cozinhe um arroz às quatro da madrugada ou algo do tipo.
Bom, já deixei meu recado. Agora vou ficar na minha, só escrevendo, porque já sei que falando sou um desastre. Até um dia.