terça-feira, 30 de agosto de 2011

Meu recesso intelectual




Hoje estou tentando respirar minhas próprias idéias-mas essa dependência asmática está se demonstrando um tanto rarefeita.

Talvez se eu quisesse bebê-las, aposto que me pirraçariam sendo fragmentozinhos salgados de água do mar impossíveis de engolir.

Se ao menos tateáveis, eu organizaria uma-a-uma. Tiraria a farta poeira. Lhes daria de comer. Voltava no tempo e contaria novas histórias confusas de Nietzsche. E pediria pra devolver meus textos de outrora.

Mas eu e minhas idéias estamos em litígio por tempo indeterminado.

Vou propor um acordo. 

Mas só quando eu tiver alguma idéia.

3 comentários:

Aline Morais disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carine Morais disse...

Apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de você.
Num belo dia percebe que esgotaram-se os significados, mas a busca deve ser contínua e sua procura por si só, deve ser o que deseja encontrar.
Torço para que as lamparinas de suas idéias estejam sempre acesas.
Do contrário...

— Eu queria propor-lhe uma troca de idéias...
— Deus me livre! (Mário Quintana)

Simplesmente zizi disse...

É importante respeitar a entresafra inspirativa. A colheita posterior é sempre recompensadora...

Bom ter vc escrevendo de novo, um prazer ler, um orgulho em conhece lo em cada entrelinha