O samba tá nas veias do brasileiro
Da primeira hora do dia
Até o minuto derradeiro
Ele samba pra sair de casa
Rumo ao trabalho diário
Ele samba sozinho no juízo
Até que consegue um atalho
Senão, o pobre brasileiro
Se atrasa e não chega no horário
Não confia só na lotação
Que não cumpre seu itinerário
Volta ao lar sambando feito louco
Pra beijar a patroa
E saciar a fome
Sobre o velho pão com ovo
Na casinha de madeira
Quase no pico do morro
Termina o dia do brasileiro
Junta as forças pra no outro dia
Juntar um pouco mais de dinheiro
No seu velho samba de breque
Não sei como alguém consegue
Sorrir com tanto molejo...