terça-feira, 26 de maio de 2009

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Minha semana começou na terça-feira, e não muito bem. Meus pensamentos parecem estar espremidos. Lembro que ontem (segunda-feira) peguei o violão no intervalo das aulas e tentei proferir alguns acordes. Além da oxidação das cordas, minha falta de inspiração só me rendeu poucas notas sem brilho algum. O som do violão até que estava bom, mas eu estava um lixo. Hoje eu subi as escadas do meu trabalho com quase uma bigorna na cabeça de tanto peso que habita na minha consciência. Segui em direção à porta da minha sala, não dei bom dia aos demais e pensei algo do tipo: “mais um dia ruim”. Tomei café e estou aqui, pensando se vim para trabalhar ou alimentar minha depressão. As coisas se tornaram mais difíceis para mim de uns tempos pra cá. Não sou feliz. Definitivamente não sou feliz. Não gosto deste trabalho nem da minha faculdade. E não sei se largar tudo isso faria com que eu me sentisse melhor. Pois de repente, ficar sem trabalho e sem estudo, também não me fizesse feliz. Esse é o grande motivo pelo qual eu me desespero. O que eu vivo me desespera e o que eu hei de viver pode me deixar mais aflito do que hoje. Hoje, eu quero que passe. Tomara que as horas voem, tomara que ninguém me note. Que eu passe desapercebido na frente do chefe para que ele não me confira nenhuma demanda ou me chame para uma conversa. Não quero participar das piadas, nem tampouco rir delas. Estou emagrecendo espiritualmente. Rumo ao óbito, eu caminho freneticamente. Meus amigos, minha mãe, ninguém percebe. Mas uma hora eu me vou. O que espero, é que esse dia chegue logo.