sábado, 21 de agosto de 2010

A camiseta vermelha que eu te dei


Espero parar de sofrer
Ou ficar de boa com você
Arranjar um emprego legal
Pra gente poder viver

Ter você de volta na minha
Te abraçar vendo um filme
Te amar sem oscilações
E te chamar de Pretinha

Um picolé e uma água de côco
De um jeito que não acabe
Deitados nuns tnt's
Curtindo domingo no parque

Cuidando de você
Mesmo estando longe
E mantando a saudade
Através do telefone

E ali chorar
Você por fora
E eu por dentro
A gente se ama
Cada um do seu jeito

Você sensível
E eu meio rude
E pra me tornar compatível
Confesso:
Fiz o que pude

Seu jeito alegre
Mesmo em melancolia
Me mostra o esforço
Mesmo num dia torto
Em me passar alegria

Mas ao que me parece
Isso não foi suficiente
Pra nos deixar juntinhos
Precisamos de águas presentes
E removermos esses moinhos

Nem em casa e nem na rua
Não há bons amigos
E tenho medo de morrer
No fundo no fundo
Sinto um medo profundo
Pois só tenho você

Você pediu pra eu não escrever
Me perdoe Não pude me conter
Quando subitamente
Bateu uma saudade de você

Daí aqui me afoguei
Nesse poema enorme
Sobre algo que tortura
Abstrato e uniforme

É porque
Em se tratando de você
Haja linhas e haja tempo
Cuidado e develo
Tudo isso a escrever

Estou melhor
As lágrimas secaram
Mas que droga!
É só tocar no assunto e pronto
Elas voltaram...

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