sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

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Com o amor interrompido, assim Paulo sofreu, - O amor era tão sincero! (pensou) Como eu o perdi, deslizou como a água que não posso conter nas mãos, que agora estão secas e precisam de tua umidade meu amor. Mas que amor? Ele não havia sido interrompido?
É mesmo, (lembrou Paulo) tô viajando muito na maionese.
Paulo foi ao armário (ah, eram 9:47 da manhã) e lançou a mão no waffer de nozes, só que ele lembrou que "esse é o último daquela compra que eu fiz com..."
Foi à sua cadeira manjada de todas as manhãs, com o dedão do pé esquerdo ligou o estabilizador, com o dedão do pé direito ligou a cpu. E, como que de propósito, ninguém estava online no msn, e só havia recebido toneladas de vírus no Orkut (um palavrão lhe escapou pelos lábios). As esperanças também lhe escaparam, cabia ao waffer conferir-lhe uma última lembrança. Nesse dia ele não queria sair de casa, tentou proferir uma melodia mas o violão de cordas de aço de tensão pesada não mediava nenhuma emoção, só acordes. "Onde estão meus sentimentos?" (questionou Paulo)
Estavam todos ali, no waffer, que, por sinal, estavam próximos do fim (do pacote). A inquietude crescia, e o amor retornava ao seu lugar de origem, os waffers de nozes enfim realizavam sua missão aqui na terra!
Foi aí que Paulo recorreu àquela roupa, aquela bem bonita, e saiu pela porta à procura de Mônica, mulher com a qual fez sua última compra dos 37 pacotinhos de waffers de nozes.
O amor havia renascido!!!

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