segunda-feira, 18 de maio de 2009

Mudanças, boas mudanças


O vento agora tem formato e cor, a cor agora tem cheiro e corpo
O amor não é mais abstrato tanto que podemos vê-lo de frente e tocar sua pele ora tenra, ora áspera
Os sentimentos foram materializados, de forma que podemos destruir os ruins e adicionar arranjos de flores aos bons
O mal está sofrendo, está ficando transparente, é como se, devagar, a essência dele se desfizesse paulatinamente, pouco a pouco, passo a passo, e não pudéssemos mais vê-lo
As palavras têm um tom a mais de maciez, suscitando assim, mais paz de espírito a cada vez em que são proferidas
Os olhares não mais como outrora, não têm mais segundas intenções, somente a primeira e única que é, através de cada mirar, conferir confiança e carinho
Os abraços abraçam-se como se fosse pela última vez hoje, o de amanhã é mais apertado, o de depois de amanhã é uma fusão
Os carinhos ganham mais vida, tornam-se mais saudáveis e presentes no inter-relacionamento, afago, desvelo, cuidado e zelo fazem parte do contexto
Os passos andam tão juntos agora que parece até que ensaiaram como metrônomo e tudo
Os corações atuam no mesmo BPM, e tudo ao redor e ao derredor torna-se sinônimo de encaixe, de compreensão, de confluência, de convergência
Tudo parece ter dado certo para todo mundo, e quando todo mundo mais precisava...

2 comentários:

Rejane disse...

Ao ler esse texto ontem, estava sentindo exatamente o oposto do que você descreve nele. Por isso preferi não comentar. Estou adorando essa sua nova fase de otimismo. Afinal, era isso que eu queria, desde que te conheci!!! Amo você e te ver bem assim, acalma meu coração!

Francisco de Assis disse...

Toda essa confluência
todo esse querer
tem sido tão enorme
tão intenso
que quando releio o texto,
só lembro de vocês.