Em quase tudo você está
Do lado direito do espelho
Me abraçado e verificando
Se me vesti direito
No porta retratos
Que fizemos com cola e varetas
Onde, por sinal,
sempre combinamos as caretas
Nos jogos do Flamengo
Onde a nossa euforia
Tinha mais acréscimos
E ultrapassava o segundo tempo
Naquelas comidas mal feitas (rs)
Não fazia teu estilo
A tal mulher rendeira
Por isso nas horas famintas
Dávamos boas risadas
Assaltando a geladeira
No jeito simples de amar
Sem grana, carro, nem ônus
Você deitava a cabeça no meu ombro
E dormiamos no banco do ônibus
A gente gostava diferente
Você me puxava p/ o escurinho
E eu com todo meu pudor
Te beijava no meio dum monte de gente
Só que passaram os anos
E veio aquele cara, aquele médico
Nos enviar a notícia
Do meu vindouro tédio
E foi dito e feito
No nosso último encontro
Demos um derradeiro beijo
Onde roubei seu último fôlego
Em nosso alvo leito
Mas nada hoje me entristece
Nem o tédio, nem a tarde
Nem o fel da velha idade
Ih! Lá vem nossa filhinha
Falaremo-nos mais tarde.
Sempre te amarei...
2 comentários:
Puxa a cadeira
me sirva um copo de vodka
pra que eu não desmaie
no segundo ato da sua poesia sódica.
Castigo!
Dirão gritando em nossas cabeças
o tal eu lírico
não fizemos o que podíamos
mas acreditamos no impossível
então
acalma-me com o etílico.
O que diz o maduro ao novo?
Não tentes, não testes.
Não há nada de maravilhoso no amor.
Há uns corpos colados
talvez se seguindo
mas é isto e só
algo que sirva como anestésico.
Mê dê um copo de vodka.
Não pura.
Adicione presença,
com um pouco de energético.
por meio desta venho agradecer
o comentário, a poesia
e assim dizer
que tens talento, amigo.
continue por este caminho
que o seguirei no encalço!
me despeço, me deslaço
e sigo.
:D
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