Beijar é...
É...
Como dizer?
Se é que há como dizer
Talvez não caiba numa síntese
Talvez não haja nada igual
Não! Não há!
Nem um lento e arrastado blues em tom menor.
Nem uma lua maquiada e sedutora
Não são teus arcos, ó lábios.
Sabe aquele arrebol
Que anuncia o sol?
Você ainda consegue ser melhor
E pior ao mesmo tempo.
Porque a manhã, verei todos os dias
Mas a ti,
A ti não.
Teus lábios estarão anunciando algo
Que não será a cumplicidade dos meus.
Rasgar-lhe-ia a fronte.
Ao passo que
Separaria a boca numa fortaleza
Coberta por mil montes,
cujos quais arranham o céu e rasgam-lhe a epiderme até sangrar o firmamento.
Veja. Minha boca se move de acordo com a sua hipnose.
Toda minha ansiedade o seu beijo cobre. E me afaga, tenro, macio, belo.
Que viagem.
Espero não voltar...
Um comentário:
Um beijo
é um queijo
que a gente come
sem a mão.
Um beijo
é um queijo
que a gente come
com o
coração.
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