sábado, 6 de novembro de 2010

"Querido diário...



Hoje é como se chovesse ácido e corroesse o restinho de felicidade de ontem.

Como se o asfalto estivesse com raiva de mim e cavasse buracos em si próprio.

Como se o vento soprasse areia nos meus olhos.

Como se meu dinheiro se gastasse sozinho pra me deixar na dureza.

 Como se meu celular pirasse por querer pra você não me ligar.

Como se meu violão quebrasse as cordas como quando a gente quer arrancar os cabelos.

Como se minha garganta queimasse pneus na goela pra comida não passar.

Como se as paredes da minha casa parassem de suar pra eu morrer de calor.

Como se a lua sumisse pra eu não pegar aquela minha.

Como se esse texto valesse a pena."

3 comentários:

Francisco de Assis disse...

Se quiseres o tempo
dos relógios e calendários
sinto lhe informar
você nasceu no mundo errado.
Mas se quiseres o tempo
que não se apagam em bares
sinta-se feliz
estarei sempre contigo
andando rente aos seus calcanhares.

Simplesmente zizi disse...

è o que não posso ler no seus olhos
não posso entender nas entrelinhas
não posso entender a verdade
estou condicionada às interpretações
estaria certa
estaria errada
Eis minhas maos estendidas à vc!!!

Unknown disse...

"Eu escrevi um poema triste E belo, apenas da sua tristeza. Não vem de ti essa tristeza Mas das mudanças do Tempo, Que ora nos traz esperanças Ora nos dá incerteza... Nem importa, ao velho Tempo, Que sejas fiel ou infiel... Eu fico, junto à correnteza, Olhando as horas tão breves... E das cartas que me escreves Faço barcos de papel!"
A Cor do Invisível- Mario Quintana.